Não sei o que descrever, só sentir!!
Sentimentos conflitantes me acompanharam ao decorrer da narrativa de Vladimir Nabokov e seu polêmico Lolita. Lembro que a muito tempo atras entre o tédio e as zapiadas corriqueiras na tv, peguei o inicio do filme Lolita a passar no antigo inter-cine na madrugada da rede globo e ficar chocada com o relacionamento entre um homem de meia-idade(aparentemente, assistindo hoje, não acho Jeremy Irons tão velhos assim) e uma criança, não tive condições de assistir ao final do filme (devido a hora) mas sua história permaneceu em mim até hoje e lembro com muita nitidez das cenas que vi.
Anos mais tarde tive acesso ao tão aclamado livro e posso falar que a leitura é um pouco fadigante, surpreendente e confusa, para conclui-la foi preciso concentração total a trama. Não achei um livro fácil de compreender (ainda não tenho certeza se consegui capitar alguns trechos) quando eu achava que estava indo no rumo certo e absorvendo tudo, o senhor Nabokovi ia lá e me confundia toda, isso aconteceu desde do inicio ao fim da obra.
Acompanhamos em duas partes, a história do protagonista Humbert Humbert, que de acordo com o que entendi, passou por um trauma com sua primeira namorada Annabel ao perde-la na pré-adolescência, pelo Tifo. Humbert por sua vez, projeta esse sentimento inacabado a algumas garotinhas de idade entre 9 e 14 anos, como ele mesmo denomina "Ninfetas" tornando-se um pedófilo. A todo o momento Humbert tenta convencer o leitor de que isso é mau visto pela sociedade, mas ele propõe argumentos para que acreditemos que isso não deveria ser considerado crime, então passa a romantizar toda essa história ao relatar seu puro e sincero amor por Lolita, uma menina de 12 anos ao qual ele conhece ao ser locatário de um quarto na casa de Charlotte Haze (Mãe de Lolita).
O protagonista se casa com a mãe de Lolita, para de modo algum conseguir afastar-se dela e para ter desculpas cabiveis para toca-la, seja por meio de abraços ou beijos paternais. No decorrer da história vemos o relacionamento entre padrasto e enteada e em como Lolita passa a ser alvo de sua obsessão constante e a partir de reviravoltas ocorridas na história, os dois começam a viajar pelo país a fim de saciar seu desejo pela menina.
O protagonista se casa com a mãe de Lolita, para de modo algum conseguir afastar-se dela e para ter desculpas cabiveis para toca-la, seja por meio de abraços ou beijos paternais. No decorrer da história vemos o relacionamento entre padrasto e enteada e em como Lolita passa a ser alvo de sua obsessão constante e a partir de reviravoltas ocorridas na história, os dois começam a viajar pelo país a fim de saciar seu desejo pela menina.
Durante a leitura eu tive que me lembrar o tempo todo que Humbert é um narrador não confiável, e o que acontecia o tempo todo no livro eram situações de abuso infantil, apesar dele deixar claro a todo momento de que Lolita consentia tais atos e em certo momento da narrativa chega a declarar, que ela foi quem o seduzira. Mas como ele é quem narra, quem garante que isso tudo não seja consequência da sua perversão? e que ele descreve tais atos da menina, pois em sua cabeça era assim que acontecia? na minha opinião, sua ninfeta, Lolita é apenas uma vitima de uma pessoa doente.
SINOPSE: Irreverente e refinado, este é um dos romances mais célebres de todos os tempos. É também uma aventura intelectual que não deixa ninguém indiferente, um relato apaixonado de uma sensualidade alucinada, uma autópsia implacável do modo de vida americano. De um lado, um homem de meia-idade, obsessivo e cínico. De outro, uma garota de doze anos, perversamente ingênua. A química se faz e dá origem a uma obra-prima da literatura do nosso século. 'Lolita' é chocante, desafia tabus, escandaliza. O livro foi incorporado ao imaginário coletivo da modernidade, e até o nome da personagem tornou-se um substantivo corrente, provas do alcance e da genialidade do autor.
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